Será que Moçambique já Chegou ao Auge da divida publica anunciada?
Eis o que já sabemos sobre a situação toda.


 EMATUM



Desde a sua criação em 2013, no final do mandato do executivo do presidente Guebuza, com a participação de vários intervenientes públicos, nomeadamente a secreta, a Empresa Moçambicana de Atum tem sido marcada com o selo da polémica e da suspeita da falta de transparência. Ao longo dos meses, veio-se a saber que dos 850 milhões de Dólares de empréstimo contraídos para a sua criação, apenas uns 200 milhões foram utilizados para a aquisição de navios. Em seguida, descobriu-se que boa parte das restantes despesas tinham sido dirigidas para um pelouro correspondente à defesa, o que obrigou as instituições moçambicanas a operar rectificações no seu orçamento em 2015.

O governo moçambicano anunciou ontem a formalização do reescalonamento da dívida de 850 milhões de Dólares da EMATUM após um acordo com os credores Crédit Suisse Securities e VTB Capital. Em vez de cinco anos, Moçambique tem 7 anos, ou seja até 2022, para pagar 76 milhões de Dólares por ano em vez de 200 milhões até agora, mas com juros acrescidos que passam de 6 para 10,5%, o que do ponto de vista do governo vai aliviar a pressão nas contas públicas.

FMI em Colaboração com Moçambique


 Filipe Nyusi garante que Moçambique está disposto a colaborar com o FMI. Ao mesmo tempo, Severino Nguenha, filósofo moçambicano, acusa a instituição de estar a prejudicar as populações mais carenciadas.
O presidente de Moçambique, disse em Nampula, que o país está disposto a colaborar com o Fundo Monetário Internacional. Filipe Nyusi reagiu assim à exigência do FMI em fazer uma auditoria às empresas EMATUM, Proindicus e MAM, para o esclarecimento dos contornos da dívida pública contraída à revelia dos parceiros de cooperação. Situação que levou à suspensão das ajudas financeiras ao país.
O assunto dominou uma palestra que decorreu este fim-de-semana na Universidade Pedagógica em Quelimane, no centro, onde o filósofo moçambicano Severino Neguenha teceu duras críticas à instituição financeira, acusando-a de prejudicar as populações mais carenciadas.
Em Moçambique a Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu o antigo presidente da República Armnando Guebuza sobre a dívida pública contraída durante o o seu mandato a favor de três empresas e sem o aval do parlamento. O FMI, neste caso, alega não implementar novas medidas correctivas.
O antigo chefe de Estado moçambicano Armando Guebuza foi ouvido nesta segunda-feira pela Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a dívida pública de pouco mais de mil milhões de dólares contraídas pelas empresas EMATUM, Proindicus e MAM com garantias do estado durante o seu último ano de mandato (2014).
A audição de pouco mais de uma hora decorreu à porta fechada e sem declarações à imprensa no final da sessão que teve por objectivo esclarecer a dívida que, de acordo com bastonário da Ordem dos advogados Flávio Menete, é a culpada pela actual crise financeira que o país atravessa.
Neste dia, o FMI através de um comunicado emitido pelo Ministério da Economia e Finanças, por considerar que as autoridades moçambicanas acataram a exortação da organização relativas à implementação de medidas já acordadas de forma abrangente e em tempo útil, desde Abril de 2016, anunciou que não exigirá ( lê-se no documento) nenhuma outra acção correctiva a Moçambique e reiterou o compromisso de prosseguir com o apoio na retoma ao crescimento do país.
Moçambique à beira de uma crise bancária ?

Destacamos hoje Moçambique: estará o país à beira de uma crise bancária?
A falência do Nosso Banco, terceiro maior banco, provocou uma onda de preocupação. Receio de alastramento, inflação incontrolada, crise de liquidez fragilizam a credibilidade de Maputo com os parceiros internacionais… Estará Moçambique à beira de uma crise bancária? Amade Sucá, director executivo da Action Aid Moçambique, afirma que todo os factores sócio-económicos colocam "um clima de instabilidade aos cidadãos"


Será que a Divida terá um Fim?
Tem alguém Lutando pelo nosso Moçambique?
Moçambique é uma só pessoa que toma decisões por si?
Moçambique é um povo unido?
Se devemos Lutar pelo nosso direito de Democracia.